Fim do Trimestre - EBD - A vida com o Espirito Santo.

Neste trimestre tivemos uma linda oportunidade, de renovar os nossos conhecimentos e nossa intimidade com o Espirito Santo.

Foram 13 aulas maravilhosas.


LIÇÃO 1 – E. SANTO UMA PESSOA COMPLETA (PROF.)
Introdução
Porque o Espírito é uma pessoa completa?
Porque Ele é dotado de personalidade; Ele pensa (Rm 8.27), sente (Rm 15.30), determina (1 Co 12.11) e também é uma Pessoa divina.

O Espírito Santo é uma pessoa divina que atua na vida dos salvos, age no mundo, sobremodo na vida dos não salvos para conduzi-los a Cristo. "Quando ele vier convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo: do pecado porque não creem em mim; da justiça, porque vou para o Pai, e não me vereis mais; do juízo, porque o príncipe deste mundo já está julgado". (Jo 16.8-11).

A sua principal obra é levar-nos ao ideal divino: "Porque eu sou o SENHOR, vosso Deus; portanto, vós vos santificareis e sereis santos, porque eu sou santo" (Lv 11.44). Por isso, Ele é denominado Espírito Santo. 
 
Qual é o papel do Espírito Santo em nossas vidas hoje?
 
Entre inúmeras funções e atividades, destacamos conforme o tema do trimestre – Espírito Santo – Pessoa, Batismo, Dons e Fruto.
 
a) Revestir-nos de poder para realizar a obra de Deus (At 2.1-5);
 
b) Distribuir os dons espirituais visando a glória de Deus e a edificação da igreja (I Co 12).
 
c) Produzir o fruto em nossa vida gerando o caráter de Cristo em nossa vida (Gl 5.22-23).
 
1º. OBJETIVO: Compreender que o Espírito Santo é uma pessoa completa, discutindo suas designações, qualidades e cargos pessoais.
 
Todas as qualidades que descrevem a personalidade são achadas no Espírito Santo. 
O significado verdadeiro da palavra pessoa, se refere às qualidades da personalidade: a capacidade de saber, de sentir e de escolher.

Concluímos, portanto, que o Espírito é uma Pessoa completa porque Ele tem as qualidades essenciais de uma personalidade.
*Atributos de uma personalidade*
Pensamento – Rm 8.27; I Co 2.10-13;
Sentimentos: Tristeza – Ef 4,30; Alegria – I Ts 1.6; Lc 10.21; Amor – Rm 5.5; 15.30; Jo 16.8; Ciúme – Tg 4.5
Vontade – I Co 12.11; II Pe 1.21; Consciência própria – Jo 16.13,14; Ap 22.17 Direção própria – Jo 3.8 c/c At 16.6,7.

1. O Espírito Santo age com inteligência e sabedoria. É ele que nos ensina (Jo 14.26). Entre os nove dons espirituais listados em I Coríntios estão o do conhecimento (ciência) que é dado pelo Espírito Santo, que nos faz conhecer os mistérios de Deus.

Dotado de personalidade ele possui inteligência, sendo uma pes7soa divina ele conhece as profundezas de Deus (I Co 2.10,11).

2. O Espírito Santo qualidades emotiva ou a capacidade de sentir.
Para expressar amor, precisa ser uma pessoa, e a expressão do seu amor não teria significado se não fosse dirigida para outra pessoa.

 O apóstolo Paulo diz: “O amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Romanos 5:5).

O Espírito realmente poderá entristecer-Se (Efésios 4:30).
As responsabilidade ou cargos do Espírito Santo como Mestre, Administrador e Consolador confirmam a sua personalidade.
2º OBJETIVO: Descrever o tipo de relacionamento interpessoal que podemos ter com o Espírito Santo.

"Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós" (1 Coríntios 6:19). 

2 Coríntios 13:14A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo seja com todos vós. Amém.
A comunhão e intimidade com Deus Pai e com Deus Filho, se dará se tivermos uma intima comunhão com Seu Espírito, sabedores a partir de hoje que o Espírito de Deus é uma pessoa, e como tal teremos que o tratar como uma pessoa a qual teremos comunhão diária.

A comunhão do Espírito Santo é algo prático.

O sucesso da Igreja de nosso Senhor Jesus Cristo, aqui neste mundo, tem sido a presença do Espírito Santo em seu meio e da mesma forma o será em nós.

O que é comunhão no Espírito? (2 Co 13.13; Fp 2.1).

Significa viver na presença, no convívio, pelo auxílio e sob a direção do Espírito Santo.
“O conhecimento de que o Espírito Santo é uma Pessoa que conhece tudo deve dar uma base sólida par um novo relacionamento com Ele. Compartilhar com Ele os problemas e deixar que Ele mostre como resolvê-los”

LIÇÃO 2 – E. SANTO UMA PESSOA DIVINA
Introdução
Nesta lição veremos que o Espírito Santo é uma Pessoa divina, o terceiro membro da Trindade: “Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28.19).
“Jesus reconheceu a divindade do Espírito Santo neste mandamento e não usou o plural “nos nomes de”, confirmando a evidência da unidade da Trindade”.
Esta associação é vista claramente no batismo de Jesus por João Batista (Ler: Mt 3.13-17).

Lembremos, sobre a trindade: um único Deus que se dá a conhecer como Pai, Filho e como Espírito Santo.
As pessoas da Trindade são distintas em suas manifestações, mas pertencem à mesma essência indivisível e eterna.

1) Seus títulos evidenciam esta correlação com Trindade Divina:
a) Seu relacionamento com o Pai: Espírito de Deus (Mt 3.16); Espírito do Senhor (Lc 4.18); Espírito do vosso Pai (Mt 10.20) – indicando que Ele tem relação íntima com o Pai, no que concerne ao nosso bem estar.

b) Seu Relacionamento com o Filho: Espírito de Cristo (Rm 8.9); Espírito de seu Filho (Gl 4.6). Não se trata de dois espíritos distintos, significa que o Espírito Santo é dado em nome de Cristo, pois é enviado por Cristo.

Uma das bênçãos mais frequentemente citadas na Igreja é outro testemunho das Escrituras acerca da divindade do Espírito Santo: A graça de nosso Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo2 Co13:14


As últimas palavras do Mestre após a sua ressurreição foram: “Eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” (MT 28.20).

Em seguida Jesus é elevado às alturas e desaparece diante dos olhos dos seus discípulos (At 1.9).

Teria Jesus mentido? Disse Jesus: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre” (Jo 14.16). O Espírito Santo é o divino amigo de todas as horas, principalmente, as mais difíceis.

2) Atributos Divinos do Espírito Santo
 Outra evidência da divindade do Espírito Santo é que Ele possui atributos que somente Deus pode possuir.

a) Sua natureza é essencialmente santa.
Assim como Deus é santo (I Pe 1.16) e Jesus é santo (At 2.27), o Espírito também o é (Sl 51.11).
O Espírito é a santidade personificada. Dele emana toda a santidade, é o Espírito em nós que cria um desejo de santidade.

b) Sua natureza é eterna
Em Hebreus 9.14 há referência ao Espírito Santo como “Espírito eterno”.
Deus Pai é eterno (Salmo 9:2). Jesus é eterno como o Pai (João 8:58) e o Espírito Santo também o é.

c) O Espírito Santo é onipresente
A palavra onipresente significa “presente em todos os lugares”. Davi exclama: “Para onde me ausentarei do teu Espírito” (Sl 139.7-10).
Diz o salmista: “Nem ainda as trevas me escondem de ti; mas a noite resplandece como o dia” (v. 12).
A noite escura das adversidades não irá nos ocultar da presença de Deus.  No momento da criação “havia trevas sobre a face do abismo” e quem estava lá? “O Espírito de Deus se movia sobre a face das águas”, aguardando o momento de romper a escuridão da noite.
Basta que digas uma palavra e o meu criado ficará são” (Mt 8.8).
E disse Deus: haja luz. E houve luz(Gn 1.2).

d) Ele É Onisciente
Nada é oculto do Espírito Santo, Ele é onisciente (sabe todas as coisas). Tudo quanto tem acontecido desde o principio do tempo, e antes, é conhecido pelo Espírito Santo. Tudo quanto já poderá acontecer no futuro é conhecido por Ele: (Ler: I CO 2.9-11)
Quem poderá atingir as profundezas de Deus, Seu conhecimento? O texto acima mostra que o Espírito Santo penetra as profundezas de Deus, ou seja, possui acesso a “MENTE” do Próprio Deus. Se o Espírito Santo tem acesso às profundezas de Deus, então Ele sabe todas as coisas. É Onisciente. O Espírito Santo é Deus.

e) Ele é Onipotente
At 1:8 – “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas.”

Virtude é poder em ação. É o poder divino para testemunhar de Cristo, para ganhar os perdidos para Ele e ensinar-lhes a observar tudo quanto Ele ordenou.
Quando o anjo anunciou o nascimento de Jesus, Maria indagou: “Como se fará isto, visto que não conheço varão? E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra... Porque para Deus nada é impossível” (Lc 1.34, 35, 37).
O Poder do Espírito Santo torna o impossível, possível. Pergunte a você mesmo: Como ser fará isto? Responda: o Espírito Santo já desceu no dia de Pentecoste e como aconteceu com Jesus que nasceu na plenitude dos tempos, ele tornará o impossível possível no tempo oportuno. Vai acontecer, vai acontecer...

3) A Trindade na Criação
A criação do homem foi precedida por um conselho divino: "Façamos... ". Este conselho é formado pela Trindade.
Vemos que o Pai está por trás dos planos.
Depois do planejamento, veio a ordem para que fosse feito. E então, veio a execução, onde tudo acontece. E quem está por trás do papel de “fazer acontecer”? É o Espírito Santo, que “pairava” sobre a face das águas (Gn.1:2). 

Não é de se pensar, portanto, que o Espírito Santo estivesse brincando na água; apenas aguardava a palavra de ordem para realizar a obra! E à medida que a voz se fazia ouvir, Ele a executava. 

Numa obra de construção civil, vemos pelo menos três tipos de pessoas envolvidas na construção de qualquer edifício: 
1) arquiteto - responsável pelo planejamento. 
2) mestre de obras - responsável por dar as ordens de execução do plano do arquiteto. 

3) o pedreiro - aquele que executa a ordem do mestre de obras.
Na criação ocorreu algo semelhante: o Pai planejou, Jesus deu as ordens e o Espírito Santo as executou.

a) O Pai na Criação
“No princípio criou Deus os céus e a terra” (Gn.1.1);
É evidente nas escrituras que o Deus Pai seja o protagonista na obra da criação, mas é fundamental demonstrar que essa obra é também claramente reconhecida como obra do Filho e do Espírito Santo.
Deus criou todos os seres com um ato livre e amoroso de sua vontade. E criou tudo o que existe por meio da Sua Palavra (Verbo), e no poder do Espírito.

No Antigo Testamento, Deus cria por meio da Sua Palavra (O Verbo, o Cristo), mas o seu “Sopro” (Espírito Santo) dará vida a criação.

b) O Filho na Criação
João 1.1 a 4 “No princípio o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele; sem ele, nada do que foi feito se fez”.

 “porque nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis” (Cl 1.16); “a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, e por quem fez também o mundo” (Hb.1.2).

c) O Espírito Santo na criação
As escrituras também apontam para a Obra do Espírito Santo na criação: “A terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo, mas o Espírito de Deus pairava sobre a face das águas” (Gn.1.2). Alguns têm visto nessa afirmação apenas uma declaração de um poder ou atividade do próprio Deus, como se o Espírito de Deus fosse uma manifestação do próprio Deus.

O uso da expressão hebraica “ruach elohim” em outros lugares no Velho Testamento parecem sugerir que o autor fala de uma pessoa e não uma qualidade.

Salmo 33.6Mediante a palavra do Senhor foram feitos os céus, e os corpos celestes, pelo sopro (espírito) de sua boca”.

CONCLUSÃO
O Espírito Santo veio com a missão principal de nos dar a vida de Cristo.

 “Porque a lei do Espírito da vida... te livrou da lei do pecado e da morte” (Rm 8.2).
Somente Deus é a Fonte e o Doador da vida. É interessante que vários textos das Escrituras atribuem estas características vivificantes ao Espírito Santo, também, provando a sua divindade absoluta.
O apóstolo Paulo disse explicitamente que o Espírito ressuscitou Jesus dos mortos (Romanos 8:11) e Jesus afirmou a mesma coisa, indicando que é o Espírito que vivifica (João 6:63). Na sua segunda carta à igreja em Corinto, o apóstolo Paulo proclamou: “O Espírito vivifica”       (2 Coríntios 3:6). O apóstolo declarou que Jesus foi “mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito” (1 Pedro 3:18).

A visão do vale de ossos secos de Ezequiel 37.1-14 se aplica alegoricamente à história de Israel.

É uma mensagem maravilhosa de que a Palavra de Deus e o Seu Espírito podem trazer vida em qualquer situação e para qualquer alma, não importando quão morto e sem esperança você possa estar. 

LIÇÃO 3 – E. SANTO UMA PESSOA QUE AJUDA
Introdução
E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre” João 14.16.
A convicção de que o Espírito Santo é uma Pessoa divina nos leva a crer que temos um amigo presente em todos os momentos da nossa vida para nos ajudar.

E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas” (Rm 8.26)


1º. Objetivo: Tirar proveito do ministério ajudador do Espírito Santo.
Palavra Chave: “Consolador”: Trata-se da tradução da palavra grega parackletos, que significa literalmente “alguém chamado para ficar ao lado de outro para ajudá-lo”.
Preposição – Pará = ao lado de, junto a; e do verbo Kaleo = chamar.

No grego clássico paracleto é usado com o sentido de advogado, alguém que pleiteia a causa de outrem. Com o passar do tempo o sentido ampliou, indicando a ideia de consolo e conselho.

No Novo Testamento o verbo indica o auxílio que Deus concede aos seus filhos, a fim de ajudá-los em todas as necessidades.

Paracleto descreve um assistente espiritual cuja função é oferecer assistência, socorro, apoio, alívio, defesa de uma causa e orientação – um Conselheiro divino.


2º Objetivo: Explicar qual o significado da obra de convicção do Espírito Santo (Jo 16.7-11).

O termo convencer significa “expor”, “reprovar” “refutar”. O Espírito Santo quando passa a habitar em nós desmascara (expõe) o pecado, reprovando-o. Assim, desperta a consciência da culpa e da necessidade de perdão, levando o pecador ao arrependimento genuíno e à conversão a Jesus como Salvador e Senhor.

Após nos conscientizar do pecado, o Espírito Santo nos levar a buscar uma vida íntegra, justa.
O Espírito Santo também nos conscientiza do juízo de Deus, a condenação eterna para aqueles que vivem na prática do pecado.
.Ao desmascarar o pecado, o Espírito Santo deixa claro quais serão as consequências caso persista no mesmo. Uma vez, convicto, o pecador faz a sua escolha.


- De que maneira o Espírito Santo nos ajuda?
a) O Espírito Santo gera o Novo Nascimento (Jo 3.3)

3º. Objetivo: Discutir a obra do Espírito Santo na regeneração.
A obra do Espírito Santo na regeneração é habitar em nós para nós transformar segundo o caráter de (2 5.17).

 A palavra regeneração vem do grego (palingenesia) ela é expressa pelo verbo (gennao) que quer dizer "gerar" composta com (anothen) a sua composição é (anagennao) que traduzida quer dizer: Gerar de Novo, ou dar a luz, dar Nascimento.

A regeneração ou novo nascimento é por intermédio da água e do Espírito.

Vejamos: Ezequiel 36.25-17.

Nascer da água é nascer pela Palavra (Ef 5.26; I Pe 1.23).
Nascer do Espírito é o mesmo que ser gerado por Deus, visto que Deus é Espírito.


b) O Espírito Santo nos instrui (Jo 14.26)

c) O Espírito Santo nos guia em todas as áreas da vida (Rm 8.14).
Ser guiado pelo Espírito Santo é ser conduzido e orientado por um caminho de obediência ao Senhor.

Conclusão
 De que maneira o Espírito Santo nos ajuda? Além de nos convencer do pecado ele intercede por nós junto a Deus, além de conceder dons e nos capacitar para a obra de Deus. 



LIÇÃO 4 – O E. SANTO NA CRIAÇÃO
Introdução
A Criação é o resultado da cooperação perfeita entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
A Palavra e o Espírito têm poder para transformar o caos da nossa vida.  Ele transforma suas trevas com uma só palavra.  Creia!


1º. Objetivo: Discutir a cooperação do Pai, do Filho e do Espírito Santo na Criação.
O Espírito Santo desempenhou um papel ativo na criação, pois “Ele se movia sobre a face das águas” (Gn 1.2), preparando tudo para que a Palavra criadora desse a forma ao mundo. Tanto o Verbo de Deus, o Senhor Jesus, quanto o Espírito Santo foram agentes na criação.
Veja: Sl 104.30; Jó 26.13; Sl 33.6.
O Espírito Santo também é o autor da vida, pois quando Deus criou Adão, foi o seu Espírito quem soprou no homem o fôlego da vida (Gn 2.7; Jó 33.4).
“No princípio, criou Deus os céus e a terra” (Gn 1.1).
“Criou” e não “formou” a partir de materiais pré-existentes, mas feito do nada. A palavra criou é tradução do hebraico barah, termo que significa geralmente vir a existir aquilo que previamente não tinha existência. Pagãos antigos, não podiam crer ser possível Deus criar o universo do nada. Por isso, eles supunham que a matéria, em estado difuso, existiu desde toda a eternidade, e que a natureza só harmonizou e reuniu as porções de matérias dispersas, produzindo ordem em vez de caos, e fazendo o universo aparecer em sua harmonia e beleza. O escritor aos Hebreus, no capítulo 11, verso 3, parece dirigir um golpe certeiro contra este erro dos filósofos pagãos: “Pela fé entendemos que os mundos, pela palavra de Deus foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente”
“A terra, porém, estava sem forma e vazia” (Gn 1.2). O que significa?
A lição comenta acerca da teoria da lacuna, ou seja, entre os versículos 1 e 2 de Gênesis 1, existe segundo os eruditos, um espaço de tempo que não podemos determinar. DEUS criou a terra em perfeita ordem. Mas um dia de acordo com Isaias 14.12-15 e Ezequiel 28.12.19, Lúcifer que era um querubim ungido, se rebelou, e em consequência da sua rebelião, ele foi lançado por terra. Foi justamente aqui que a terra tornou-se “sem forma e vazia”. Como o comentário da lição não contém uma posição cabe a nós discutirmos o assunto. Pedimos que os professores nos trouxessem sua posição para termos uma opinião uniforme diante da classe.

Analise: acerca da queda de Lúcifer (satanás) é um fato, foi expulso do céu (moradas de Deus); quando isto ocorreu? Certamente, antes da criação do homem, pois, (a serpente) apareceu a Adão no Éden. Todavia, não responde em quer período, nem que a causa do caos terrestre tenha sido ocasionado pela sua queda.

Eurico Bergstén, em sua Teologia Sistemática, ensinava a Teoria da Recriação da Terra (também chamada de Teoria da Lacuna), que diz que entre Gênesis 1.1 e 1.2 há um interregno de tempo, onde teriam ocorrido a queda de Satanás e o caos no Universo. A Terra, que teria sido criada perfeita antes de Lúcifer cair, teria ficado, após a queda do ser angelical, sem forma e vazia. Logo, o relato que vai de Gênesis 1.2 em diante seria não o da criação da Terra, mas da recriação. Isso pode ser visto nas páginas 49 e 52 de sua obra. “A Terra foi restaurada em seis dias”, assevera Bergstén.
A chamada Teoria da Lacuna foi defendida em 1876 por C.H. Pember em sua obra As Idades Remotas da Terra e a Conexão delas com o Espiritualismo e a Teosofia. Outro defensor foi o Dr. Artur Custance, autor do livro Sem Forma e Vazia utilizando as notas da Bíblia de Referência Scofield (1917). No Brasil, tornou-se conhecida através das obras de N. Lawrence Olson, O Plano Divino Através dos Séculos.
E é por isto que Ele restaurou a Terra e o espaço cósmico atingido pelo cataclismo (Gn 1.2-25): 
Tentar supor que existe ali um intervalo entre os dois primeiros versículos de Gênesis, uma vez que a Bíblia não dá suporte algum para essa teoria,é um risco muito grande.
Nossa conclusão: “A terra, porém, estava sem forma e vazia” (Gn 1.2). Esta descrição significa a criação, ainda sem ordem ou não preenchidas. Refere-se mais naturalmente a uma criação ainda a ser formado e preenchido. A afirmação “a terra sem forma e vazia” provê o cenário para a narrativa da criação que se segue.
Assim, a sequencia do pensamento em Gênesis 1 e 2 é a seguinte:
a) Deus antecede a criação (verso 1).
b) Há um princípio absoluto do tempo com relação a este mundo e às esferas celestes que o cercam (verso 1).
c) Deus cria os céus e a Terra (verso 1), mas, para começar, eles são diferentes do que agora, são "sem forma" e "vazios", verso 2).
d) No primeiro dia da semana de sete dias da Criação, Deus começa a formar e encher o tohu (sem forma) e bohu (vazia) (verso 3 e os versos seguintes).
Isaías 45.18 não contradiz Gênesis, dá a entender que Deus não abandonou a terra que criou, “formou-a para que fosse habitada”. O caos era um meio, não um fim.
e) A atividade divina de "formar e criar" é efetuada em seis dias.
f) No final da semana da Criação, os céus e a Terra estão terminados (Gênesis 2:1). O que Deus começou no verso 1 está agora finalizado.

2º Objetivo: Explicar a diferença da criação do homem para a criação do resto dos animais
Como nos ensina o apóstolo Paulo, somos feitura (poema, obra de arte) de Deus, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus antes preparou para que andássemos nelas. (Ef 2.10)
Os seres humanos são diferentes dos animais. Segundo a Bíblia, Deus criou os animais segundo suas próprias espécies. No entanto, fez o homem à sua imagem e semelhança de Deus. Em outras palavras, os animais são semelhantes a si mesmos; o homem é semelhante a Deus. O ser humano, portanto, é da espécie de Deus.
Deus fez o homem para ser semelhante (próximo, amigo) dEle. Deus o fez para ter intimidade com Ele.
O autor sagrado fala do homem como sendo imagem e semelhança de Deus. As duas palavras podem significar a mesma coisa, mas podem indicar algumas características. Podemos pensar semelhante e imagem como atributos diferentes.
O homem é imagem de Deus no uso da razão. Deus é um ser racional e o homem também. Por isto, buscamos sempre agir menos por impulsos e mais pela reflexão, considerando as consequências de nossos atos.
O homem é imagem de Deus na capacidade de conhecer, pensar e agir. O conhecimento molda o ser humano, inclusive seu cérebro. O homem, diferentemente dos animais, não toma as mesmas decisões nas mesmas circunstâncias; ele age igual ou diferentemente, como resultado de sua capacidade de refletir.
Mais que isto, o homem é semelhança de Deus.
O homem é semelhança de Deus por causa da sua liberdade. Assim como Deus é livre, o homem também o é: livre até para não ser semelhante de Deus, livre para viver para as boas obras, livre para não amá-lO.
O homem é semelhança na necessidade de se relacionar. Assim como Deus tem prazer em se relacionar com a sua criação, o ser humano tem necessidade de se relacionar com o Seu Deus e Criador e com seus semelhantes. Está na sua constituição.

LIÇÃO 5 – O ESPÍRITO SANTO E A BÍBLIA
Introdução
"homens [santos] falaram da parte de Deus movidos pelo Espírito Santo" (2 Pe 1.20,21).

A Bíblia é em todas as suas partes produção do Espírito Santo.

1º. Objetivo: Definir os termos revelação inspiração e iluminação.

Inspiração - O termo vem do latim inspiro, que significa "soprar para dentro". "Inspiração" significa que Deus soprou para dentro o conteúdo das Escrituras.

Revelação - O termo significa "tirar o véu" e mostrar algo que estava encoberto. Neste sentido, "revelação" é o conteúdo registrado pela inspiração.

Iluminação - Esta palavra significa "fazer a luz brilhar". Não somos inspirados simplesmente porque não recebemos a revelação, mas somos iluminados para conhecê-la (Ef 1.18). A iluminação é para que os crentes descubram as grandes verdades reveladas por Deus na Sua Palavra e a aplicação para as suas vidas.

2º. Objetivo: Explicar maneiras pelas quais podemos saber que a Bíblia é a Palavra de Deus.
É a Bíblia a Palavra de Deus? A fim de responder a esta pergunta, devemos observar as evidências internas e externas.

a) Evidências internas (são extraídas do interior da bíblia que testificam sua origem divina).
- Unidade e harmonia. Composta de sessenta e seis livros, escritos em três diferentes línguas, durante um período de aproximadamente 1500 anos, por mais de 40 autores, a bíblia permanece como um livro unificado desde o início até o fim, sem contradições. Se a bíblia fosse um livro puramente humano, sua composição seria inexplicável.

- Cumprimento fiel das Profecias. A bíblia contém centenas de detalhadas profecias relacionadas ao futuro das nações, incluindo Israel, ao futuro da humanidade, e a vinda de um que seria o Messias, o Salvador, não só de Israel, mas de todos que nele cressem.

- A Bíblia possui um poder dinâmico e transformador que só é possível por ser a verdadeira Palavra de Deus.

b) Evidências externas.
- Historicidade. Como a bíblia relata eventos históricos, a sua veracidade e precisão estão sujeitas a verificação, como qualquer documento histórico. Através tanto de evidências arqueológicas quanto de outros documentos escritos, os relatos históricos da bíblia foram várias vezes comprovados como verdadeiros e precisos.

- Indestrutibilidade. Por causa de sua importância e de sua afirmação em ser a Palavra de Deus, a bíblia sofreu mais ataques e tentativas de destruição do que qualquer outro livro da história. A Bíblia resistiu e permaneceu a todos os ataques possíveis e continua sendo o livro mais publicado no mundo hoje.

À própria bíblia reivindica a si a inspiração de Deus através do Espírito Santo, com a expressão “Assim diz o Senhor”.

Jesus confirmou a autoridade das Escrituras: Leu-a (Lc 4.16-20); Ensinou-a (Lc 24.27); Chamou-a “... a palavra de Deus” (Mc 7.13).

A influência do Espírito Santo sobre o Novo Testamento também pode ser comprovada. Seus livros eram respeitados, colecionados e circulavam na igreja primitiva como Escrituras Sagradas. 

O termo “Escritura”, conforme se encontra em 2 Tm 3.16 refere-se principalmente aos escritos do Antigo Testamento (2 Tm 3.15). Há evidências, porém, que os escritos do Novo Testamento já eram considerados escritura divinamente inspirada.

Pedro iguala os escritos de Paulo às “outras escrituras”, ou seja, ao A. Testamento (2 Pe 3.15-16).

Paulo autentica seus próprios escritos explicando que não são ensinos de homens (Gl 1.11, 12).

Os cristãos daquela época recebiam seus escritos como a palavra de Deus (I Ts 2.13).

LIÇÃO 6 – ESPÍRITO SANTO NA VIDA DE CRISTO
Introdução
Jesus realizou o seu ministério na unção do Espírito (Lc 4.18), por isso, Ele nos prometeu: “Ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder” (At 24.49). Ungidos pelo mesmo Espírito, anunciaremos o Evangelho, os enfermos serão curados e maravilhas serão manifestas. Sejamos cheios do seu Espírito!

1º. Objetivo: Entender as formas que o Espírito usou para anunciar a vinda de Jesus como Salvador.

O Espírito Santo revelou o Messias aos profetas: Da qual salvação inquiriram e trataram diligentemente os profetas que profetizaram da graça que vos foi dada, indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo (da parte de Cristo), que estava neles, indicava, anteriormente testificando os sofrimentos que haviam de vir e a glória que se lhes havia de seguir” (I Pe 1.10, 11).

Veja: Lc 24.44.
 
2º Objetivo: Descrever o papel do Espírito Santo na vida e no ministério de Jesus.
Todo o ministério público de Jesus transcorre na presença e sob a ação do Espírito Santo. O Espírito Santo sempre esteve presente na vida do Senhor, tornando-se sua unção e seu companheiro inseparável; toda a atividade de Jesus se deu na presença do Espírito.
 
O ministério de Cristo foi exercido no poder e sabedoria do Espírito de Deus (At 10.38)
 
Três são, sobretudo, os efeitos da ação potente do Espírito na vida pública de Jesus: Jesus é conduzido pelo Espírito para afrontar a luta contra o espírito do mal (Mc 1.12); Jesus é consagrado com a unção do Espírito para levar a Boa-Nova aos pobres (Lc 4.18) e, no Espírito, Jesus exulta na oração de louvor ao Pai (Lc 10.21).
 
Qual foi o papel do Espírito no ministério de Cristo? Leia: Mt 3.16, 17.
 
Embora fosse o Filho imaculado de Deus, aquele que estava com Deus desde a eternidade (Jo 1.1-3), em sua manifestação humana, Jesus dependia totalmente do trabalho do Espírito em Sua vida. Isto é, na humanidade Ele se permitiu ser guiado e fortalecido pelo Espírito Santo.
 
Atos 1.1, 2 deixa claro que foi pelo poder do Espírito Santo que Jesus deu mandamentos aos apóstolos, demonstrando à de dependência de Jesus ao poder do Espírito Santo.
 
Os fariseus afirmavam que Jesus expelia os demônios pelo poder de Belzebu. Mas ele deixou claro que operava seus milagres pelo poder do Espírito (Mt 12.28). Jesus dependia do Espírito para operar seus milagres durante o ministério terrestre.
 
3º. Objetivo: Explicar que na vida terrena Jesus não usou seus atributos divinos, mas foi capacitado pelo Espírito.
Em Filipenses 2.5-8 Paulo declara que Jesus esvaziou-se a si mesmo. Significa que nos dias de sua encarnação Ele não usou seus atributos; Ele os tinha, mas não usou.
 
Jesus nos dias de sua carne ressuscitou mortos, curou enfermos, multiplicou os pães e os peixes, andou sobre as águas e fez toda sorte de prodígios e sinais. Poderia tê-lo feito por seu próprio poder? Claro que sim Ele é Deus, mas se assim o fizesse sua humilhação não seria total visto estar usurpando ser igual a Deus.
 

Como o Senhor Jesus se esvaziou de seus atributos divinos e ainda sim realizou tantos sinais e maravilhas?


Tudo o que realizou foi por meio do Espírito Santo. Se não foi assim, então qual a necessidade d’Ele ser ungido com o Espírito Santo (At 10.38)?

Ele próprio declarou na sinagoga em Nazaré, no início de seu ministério, citando Isaías, que sobre Ele estava o Espírito do Senhor para realizar tudo o que realizou (Mt 4. 14- 21).

L. 7 – E. SANTO QUE REGENERA
Texto bíblico básico: Jo 3.3-7
Introdução
O novo nascimento é um imperativo (verbo que exprime ordem) Bíblico encontrado nas palavras do próprio Senhor Jesus Cristo. “Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer de novo [novo nascimento]” (João 3:7).


O objetivo da lição é mostrar: qual o papel do Espírito Santo na regeneração.
Vamos utilizar um método diferente para estudarmos esta lição para torná-la mais simples e prática, utilizaremos um questionário com ... perguntas.

1) Qual a etimologia (origem) da palavra regeneração?
R. Vem do grego (palingenesia) que traduzida quer dizer: Gerar de Novo, ou dar a luz, dar Nascimento.
Nota: O termo regeneração aparece duas vezes no Novo Testamento – Leia: Mt 19.28 e Tito 3.5.

E Jesus disse-lhes: Em verdade vos digo que vós, que me seguistes, quando, na regeneração, o Filho do homem se assentar no trono da sua glória, também vós assentareis sobre doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel” (Mt 19.28).

Neste contexto, regeração tem um sentido escatológico (futuro), referindo-se à restauração de todas as coisas – trata-se da restauração universal que ocorrerá no milênio.
“... nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo” (Tt 3.5).
Trata-se da renovação do caráter de cada pessoa mediante a transformação do Espírito Santo.

2) Defina Regeneração ou Novo Nascimento.
R. É uma nova criação interior em lugar da natureza humana caída, mediante ação soberana do Espírito Santo.
Nota: Não é mudança de corpo, mas da natureza que preenche este corpo. O novo nascimento é necessário porque os que estão na carne não podem agradar a Deus. (Rm.8:8). Diz-nos a lição: “é o ato em que a pessoa reconhece, confessa, muda de atitude e abandona completamente o pecado”.

3) Qual o papel do E. Santo na regeneração?
R. O Espírito Santo é o agente regenerador do ser humano, transformando-o à imagem e semelhança de Cristo, para tornar-se, como Ele, um filho de Deus.
Nota: Agente é aquele que produz efeito; opera. O Espírito Santo é a pessoa que trabalha no coração do homem convencendo “do pecado, e da justiça, e do juízoJo 16.8. Enquanto o homem reflete no plano de Deus para a sua salvação, o Espírito Santo ilumina a mente para compreender a vontade de Deus. O pecado trouxe graves consequências para o homem, inclusive para o seu entendimento. Embora tenha um alto grau de inteligência, é limitado para compreender as coisas de Deus. Quando o pecado separou o homem de seu Deus, o deus deste século cegou-lhe o entendimento: “o deus deste século cego os entendimentos dos incrédulos, para que não resplandeça a luz do evangelho da glória de CristoII Co 4:4.
Assim como o Espírito Santo executou pela palavra de Deus, colocando em ordem o que estava “sem forma e vazia” (Gn 1.2), semelhantemente age no interior homem, tornando o homem restaurado, reorganizado.

Só o Espírito Santo leva o homem ao retorno das coisas ao seu estado primitivo que é levar o homem a manter comunhão com seu Criador e o adorar.

O pecado traz consequências destrutivas para a vida do homem: desejos para o pecado, obras da carne, morte espiritual, porém, a obra da regeneração efetuada pelo Espírito Santo traz benefícios, levando o homem a viver uma nova natureza espiritual.
Conclusão: A regeneração é uma mudança radical, operada pelo E. Santo na alma humana, na qual o homem é restaurado na sua natureza moral e na imagem e semelhança de Deus.
4) Como se efetua o Novo Nascimento?
R. Através da água e do Espírito (Jo 3.5).
Nota: “aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus”.
Nascer de novo da água? Sim, mas ela não é a água do batismo, mas a Palavra de Deus (leia: Ef 5.25, 26).
"Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra" (Ef. 5:25,26). 

Em I Pedro 1.23, 25 está escrito: "Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva" e também: "Segundo a sua vontade, ele nos gerou pela palavra de verdade" (Tiago 1.18). A palavra de Deus anunciada por Cristo é, portanto, o poder regenerador. Eis porque Jesus um dia disse: "As palavras que eu vos disse são espírito e vida" (João. 6.63). Nós nascemos de novo pela Palavra de Deus. Mas como disse Jesus, é preciso também nascer do Espírito de Deus.

Nascer do Espírito é o mesmo que nascer de Deus, visto que, Deus é Espírito (Jo 4.24) e aqueles que d'Ele são nascidos recebem um novo espírito e um novo coração. Portanto, “... o que é nascido do Espírito é espírito” ( João 3:6), e os que creem recebem poder para serem feitos filhos de Deus! Passam a ser participantes da natureza divina: “ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina” (2 Pe 1:4).

José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo."  (Mt 1.20).
Nós temos que nascer exatamente como o nosso Senhor Jesus nasceu: fruto do Espírito Santo.
5) Qual o processo da regeneração?
R. A regeneração começa na conversão (arrependimento e fé) e encontra fruição na santificação.
Nota: A regeneração é um ato instantâneo e a santificação completa o processo: “refletindo como um espelho, a glória do Senhor, na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor2 Co 3.18.

Nascer de novo consiste de arrependimento para com Deus e fé em nosso Senhor Jesus Cristo.

O primeiro tópico da lição traz o título: O Espírito Conduz ao arrependimento. O que é arrependimento “é o ato em que a pessoa reconhece, confessa, muda de atitude e abandona completamente o pecado”. “O Espírito guia o pecador a fazer um julgamento de si mesmo ao despertar a consciência e levá-lo a uma decisão de virar as costas ao pecado”.

Em primeiro lugar, acontece a regeneração, realizada pelo Espírito Santo através da convicção de pecado, à qual o pecador reage em arrependimento para com Deus e fé no Senhor Jesus Cristo.

Podemos definir a conversão como o resultado ou o efeito da regeneração. É “a evidência exterior da regeneração. É o ato consciente de uma pessoa regenerada, no qual ela volta-se para Deus em arrependimento e fé”.

A conversão é o lado objetivo e externo do novo nascimento. Por intermédio dela, o pecador arrependido mostra ao mundo a obra que Cristo operou em seu interior: a regeneração.

Em suma, a conversão tem dois lados: um subjetivo e outro objetivo. O subjetivo é conhecido como regeneração; Somente Deus pode aferi-lo. E, o objetivo é a conversão, que pode ser constatado por todos.
ARREPENDIMENTO é a parte da conversão na qual uma pessoa se volta do pecado, enquanto a  se dá quando ela se volta a Cristo para salvação.

 “Arrependimento é a tristeza de coração pelo pecado, a renúncia ao pecado e o compromisso sincero de abandoná-lo e de andar em obediência a Cristo”.

 Visto que Deus já o regenerou, a pessoa acha sua condição repugnante e fica determinado a se voltar tanto do estilo de vida que consistia de pecados quanto de atos individuais pecaminosos. 

O genuíno arrependimento resultará na mudança de vida. A pessoa verdadeiramente arrependida começará a viver uma vida transformada, e podemos chamar essa vida transformada de fruto do arrependimento.

FÉ “em sua operação é ao mesmo tempo a conversão do homem no sentido espiritual”.8 “Deus concede conhecimento a um indivíduo como o primeiro elemento da fé salvífica, habitualmente pela pregação do evangelho. Como escreve Paulo em (Rm 10.14) Como poderiam crer naquele que não ouviram? E como poderiam ouvir sem pregador?
6) Porque a regeneração é necessária?
R. A natureza humana não possui em si as condições necessárias para viver no céu.
Nota: (João 3:3 - " aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus"). 
O nascimento natural (carne) gera o homem natural - (João 3:6 - "O que é nascido da carne é carne").
O nascer do Espírito Santo gera o homem espiritual - (João 3:6 o que é nascido do Espírito é espírito"). 
O homem natural não herdará a vida sobrenatural sem a conversão vinda pelo arrependimento e o Espírito Santo - (João 1.12,13 - "Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome; Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus").

Em João 3:3 e 5, o Senhor Jesus afirma claramente que a regeneração é necessária para a salvação. O homem não só precisa de perdão para que tenha comunhão com Deus, como também a sua natureza deve ser renovada. O homem caído é natural (I Cor 2:14), sensual (Judas 19) e carnal (Rm 8:5-7), o oposto ao espiritual (I Cor 2:15).
Na geração física, nova vida é dada e os traços familiares são reproduzidos. Estas verdades fazem do novo nascimento uma figura maravilhosa da obra da graça de Deus no homem.

7) Porque é que os homens têm que nascer de novo para poder entrar no Reino de Deus?
R. Porque eles estão mortos nas suas ofensas e nos seus pecados privados da vida de Deus (cfr. Ef. 2:1).
Nota : «E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados ».  O novo nascimento é de fato uma ressurreição espiritual que permite àquele que está morto espiritualmente ressuscitar e tornar-se vivo do ponto de vista espiritual e portanto apto a entrar no Reino de Deus.
Chegamos no 2º. Tópico da lição cujo título é “O Espírito dá vida”. “Adão, o primeiro homem, recebera a vida espiritual no princípio, mas pecou e perdeu-a. Por meio do pecado de Adão, a morte veio a todos os homens. Quando o pecador se arrepende e reconhece a sua necessidade da graça de Cristo, o Espírito dá nova vida espiritual a ele”

8) Como se reconhecem os nascidos de novo?
R. Os que são nascidos de Deus são novas criaturas, na sua vida as coisas velhas (isto é os velhos e maus hábitos) já passaram e tudo se fez novo de fato.
Nota: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”.(2 Cor. 5:17); portanto se alguém diz ser um cristão mas não é uma nova criatura, ele não é nascido de Deus. Alguns dizem que são cristãos, mas não são de todo novas criaturas porque a sua conduta mostra que eles ainda são filhos da desobediência e escravos de toda a sorte de concupiscências.
9) Quais os resultados do novo nascimento?
R. Além de uma vida transformada (II Co 5.17), o Espírito Santo nos integra na família de Deus.
Nota: “O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus” (Rm 8.16). Através do Novo Nascimento somos “recebidos na família de Deus”, como o comentário desta lição. “Diz respeito à posição da pessoa na família de Deus, e aos seus privilégios como um dos filhos de Deus”.
Incluir uma pessoa à família através de adoção é feito por escolha própria e por amor: “nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade” (Ef 1.5).
Nos tornamos filhos de Deus quando somos salvos e adotados à família de Deus: “Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus” (Rm 8.14).
Como filhos de Deus, nos tornamos herdeiros: “E, se nós somos filhos, somos, logo, herdeiros de Deus” (Rm 8.17).
Somos herdeiros com Cristo de todas as bênçãos conquistadas na cruz.
Quando temos a confirmação em nosso íntimo através do Espírito Santo que somos filhos de Deus recebemos um privilégio: “mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai” (Rm 8.15). Desfrutamos de uma intimidade amorosa com o Pai, podemos chama-lo de “meu papai”

10) O que a regeneração não é?
R. As Escrituras informam que, novo nascimento não é rito batismal.

Nota: A água do batismo não regenera o pecador. Se o batismo nas águas regenerasse o pecador, Cristo não precisaria ter morrido. Segundo o propósito de Deus, o pecador precisa ser batizado em Cristo, na cruz, para ser salvo: “Ou, porventura, ignorais que todos os que fomos batizados em Cristo Jesus, fomos batizados na sua morte?”, Rm 6:3.

O rito batismal é apenas um símbolo do batismo em Cristo. 

O batismo em águas é uma ordenança importante no plano da salvação por simbolizar a morte, sepultamento e ressurreição em Cristo.

É um sinal externo do verdadeiro arrependimento do pecado e a manifestação de um desejo íntimo de ser purificado.

Mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador” (Tt 3.3-6). Esta passagem deixa claro que, pela graça e mediação de nosso Senhor Jesus Cristo, o Espírito Santo é enviado para regenerar nossa natureza e realizar em nós o novo nascimento. 

O batismo em águas simboliza a regeneração, embora de forma alguma seja agente dessa realização espiritual.

CONCLUSÃO:Nicodemos aparece por mais duas vezes (João 7:50 e João 19:39); uma vez defendendo Jesus e outra no sepultamento de Jesus. Tornou-se seguidor de Jesus. E você? Já nasceu de novo? Que evidências revelam isto?

LIÇÃO 8 – ESPIRITO SANTO QUE DÁ PODER
Introdução
Nesta lição vamos estudar o poder do Espírito na capacitação de certas personalidades do Antigo Testamento.

1º. Objetivo: Descrever a maneira como o poder do Espírito agiu no Antigo Testamento.
O Espírito Santo, no passado, veio sobre os homens com poder fora do comum.

Comece lembrando-os da lição a qual descrevemos o Espírito Santo como sendo uma pessoa Divina, com atributos que só Deus pode ter, dentre outras: Onipresente, onisciente e onipotente.

O poder do Espírito Santo é o mesmo existente no Pai e no Filho. Vejamos:

a) O Poder pertence ao Pai (Sl 62.11; Mt 6.13);
b) O Poder pertence ao Filho (Mt 28.18);
c) O Poder pertence ao Espírito Santo (Rm 15.19; At 1.8).
Þ Etimologia
 Poder (do latim potere) é, literalmente, o direito de deliberar, agir e mandar e também, dependendo do contexto, a faculdade de exercer a autoridade, a soberania, ou a posse do domínio, da influência ou da força.

No Antigo Testamento a forma mais usada (Hb. Geburah/força) que expressam respectivamente: agir vigorosamente; força, e domínio. No Novo Testamento dois termos são mais usados: Dynamis que pode significar habilidade para agir poderosamente realizando milagres e Exousia significando “autoridade” é dessa maneira que Jesus se apresenta em Mateus 28.18.

Pode-se entender poder, em sentido geral, como “a capacidade ou a possibilidade de agir, de produzir efeitos”. Como podemos observar em Efésios 3.20.

Deus delegou o uso do seu poder através do E. Santo aos seres humanos (Lc 24.49). Contudo, isto nunca foi na forma de um "cheque em branco", como se eles fossem capacitados para fazer o que quisessem; sempre o uso do Espírito Santo foi para um propósito específico (At 1.8).

A diferença básica da atuação do poder do Espírito Santo no Antigo Testamento na vida de homens e mulheres, é que este foi dado de forma seletiva, limitada e temporária e para uma missão específica. O Espírito Santo “apoderava-se” de certas pessoas como Josué (Nm 27.18); Davi (I Sm 16.13) e até Saul (I Sm 10.10). No livro de Juízes, vemos o Espírito “apoderando-se” dos vários juízes que Deus tinha levantado para libertar Israel de seus opressores. O E. Santo “veio” sobre estes indivíduos para tarefas específicas (Jz 3.10, 11). O E. Santo vinha apenas sobre umas poucas pessoas, enchendo-as a fim de lhe dar poder para o serviço ou a profecia.

 O Antigo Testamento antegozava a era vindoura do Espírito em que seria derramado de forma mais ampla conforme Joel 2.28, 29, corroborado pelo Ap. Pedro em Atos 2.14-21.

O Novo Testamento nos revela a habitação permanente do Espírito Santo em nós (I Co 3.16; 6.19; Jo 14.16).

2º OBJETIVO: Analisar o ministério profético como atividade do Espírito Santo.
Como dissemos o Espírito Santo manifestava-se sobre várias pessoas, habilitando-as para diferentes funções, inclusive, profeta: “Mas, decerto, eu sou cheio da força (poder) do Espírito do Senhor (da parte de Deus)... para anunciar a Jacó a sua transgressão e a Israel o seu pecado” (Mq 3.8). Os profetas falavam no poder do Espírito.

Os profetas foram homens escolhidos por Deus, para serem canais da manifestação de sua vontade ao povo israelita.

Os profetas, sob a unção do Espírito Santo, falaram a mensagem de Deus ao povo. Por isso, suas palavras eram assinaladas pela autoridade com que falavam.

Ezequiel descreveu a sua experiência (Ez 2.1, 2).

LIÇÃO 9 – BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO
Introdução
O dia de Pentecostes inaugurou uma nova fase do relacionamento do Espírito Santo com a humanidade (At 2), relacionamento este profetizado pelo profeta Joel (Jl 2.28-32), que descreve um derramamento de poder sobrenatural vinda da parte de Deus sobre toda carne, este poder capacita os cristãos a propagarem com eficiência o Reino de Deus.

Þ Aspectos Gerais
1. O batismo com o E. Santo é uma obra distinta e a parte da regeneração, também por ele efetuada.

2. A bíblia nos dá exemplos de que o falar em línguas estranhas é uma evidência física e audível da plenitude do Espírito em nós. Todavia, não seja o falar em línguas o propósito ou a razão pela qual a experiência deve ser desejada, mas sim a necessidade do poder sobrenatural para testemunhar e servir.

3. O Batismo com o E. Santo é uma dotação de autoridade proveniente de Deus. É uma experiência pessoal com o Espírito Santo, marcada pelo revestimento de Poder; e pela capacitação pessoal dos filhos de Deus para a realização da missão de Deus na face da terra.

1º. Objetivo: Explicar o significado do revestimento de poder do Espírito
 O revestimento de poder do Espírito capacita a igreja a fazer a obra de Deus (Lc 24.49; At 1.8). 

ÞExemplos de pessoas revestidas do Espírito Santo.
Zacarias (2 Cr 24.20); Gideão (Jz 6.63); os discípulos do Mestre (At 2.4).
Þ Revestimento: Etimologia e Definição
O termo REVESTIR é assim definido no dicionário Aurélio: “1. Tornar a vestir; 2. Vestir; 3. Estender-se por sobre; cobrir; tapar; 4. Atribuir a si; 5. Tornar estável, firme, resistente.”.
Cremos que a definição mais apropriada para o revestimento de poder seria então o de dar uma cobertura, uma sobrecapa para nos tornar mais firme e resistente na obra de Deus.


Þ OUTROS TIPOS DE REVESTIMENTO QUE DEVEMOS TER
1- Devemos nos revestir do Senhor Jesus Cristo – Rm 13.14
2- Devemos nos revestir do novo homem – Ef 4.24
3- Devemos nos revestir de toda a armadura de Deus – Ef 6.11
4- Devemos nos revestir como eleitos de Deus – CL 3.12


Þ Batismo com o Espírito Santo: Etimologia e Definição
O termo Batismo nos informa uma ideia de "mergulho". Podemos dizer que o batismo "no" ou "com" o Espírito Santo é um mergulho, uma imersão na plenitude do Espírito.

Definição teológica: É um ato de Deus pela qual o Espírito vem sobre o crente enchendo-o plenamente, outorgando poder para testemunhar de Cristo e manifestando os seus dons.

2º. Objetivo: Descrever a mudança dos discípulos depois do derramamento do E. Santo.
Os discípulos antes do batismo eram tímidos e medrosos; após o batismo se tornaram intrépidos e corajosos, anunciaram a Palavra de Deus eficazmente (At 2.1, 14).

Percebemos que eles jamais teriam sido instrumentos tão poderosos nas mãos de Deus se não houvessem recebido algo tão poderoso e especial da parte do Senhor, por isso, o batismo com o Espírito Santo é algo extremamente importante na vida daqueles que militam na obra de Deus.

3º Objetivo: Mencionar os passos para se receber o batismo com o Espírito Santo.
1º Passo: É preciso nascer de novo (Jo 14.17); 2º. Passo: Obedecer a Deus (At 5.32); 3º. Passo: É preciso crer (At 19.2, 5, 6); 4º. Passo: Precisamos pedir (Lc 11.13).

Conclusão
Não existem fórmulas mágicas ou técnicas, do contrário não seria mais um dom sobrenatural.

LIÇÃO 10 – ESPIRITO SANTO NA ADORAÇÃO
Introdução
A palavra de Jesus à mulher samaritana (Jo 4.23) estabeleceu o padrão para a adoração na Igreja. A adoração verdadeira manifesta-se por santa reverência a Deus.

 “... mas enchei-vos do Espírito” (Ef 5.18). A ideia transmitida pelo texto é que devemos estar debaixo da influencia do Espírito Santo permitindo que Ele nos revista de poder para a adoração, para o serviço e testemunho.

è Adoração – Etimologia e Conceito.
Hebraico: shachah (170 vezes no AT) quer dizer inclinar-se, cair diante de, prostrar-se, ajoelhar-se.
Grego: proskuneo (59 vezes no NT) formada de pros (para) + kuneo (beijar) significa literalmente “beijar a mão ou o piso diante de”; reverenciar ou homenagear; ato de prostrar-se aos pés; prestar homenagem ou tributo divino (Mt 4.10, Jo 4.20-21, Hb 1.6); beijar denota contato, aproximação, relação;
Adoração cristã não é: um sistema religioso, serviço de adoração, culto público, período de louvor, embora possa incluir tudo isto.

Adoração cristã é: uma relação pessoal com Deus.

Mais do que prestar culto; é um estilo de vida porque transcende o espaço do templo e o momento do culto, isto é, envolve a vida do adorador.

1º. Objetivo: Explicar o relacionamento entre o temor a Deus e a adoração no Espírito.
O temor é um sentimento de reverência, respeito. Existem pessoas que confundem o temor com o medo. O medo de Deus nos separa do seu amor, e isso nos distancia dele.

Devemos compreender que sem reverência não poderemos adorar a Deus de maneira que o agrade. Não é por acaso que alguns autores declaram que a adoração nasce do temor a Deus.
Temer a Deus é, portanto, Reverenciar ou Respeitar ao Criador (Sl 89.7).

O mesmo Espírito de conhecimento e de temor do Senhor (Deus) que veio sobre Cristo (Is 11.2), habita em nós (I Co 3.16). Assim, o Espírito Santo nos leva a uma adoração racional e respeitosa ao nosso Deus.

Conforme o comentário da lição o temor do Senhor é uma parte necessária a nossa adoração por levar-nos a nos aproximar de Deus com reverência e respeito em reconhecimento a sua santidade, soberania e amor. Portanto, não devemos adorar a Deus por temê-lo e sim, por aquilo que Ele é.

2º Objetivo: Descrever maneiras pelas quais o Espírito Santo nos ajuda.
De acordo com a lição o Espírito Santo nos ajuda servindo, orando e louvando, todas são formas de adoração. Por quê? Adoração é relacionamento pessoal com Deus.

a) Servimos a Deus em gratidão por aquilo que Ele nos fez (salvou); Cristo nos purificou para que pudéssemos servir a Deus (Hb 9.14).

b) Oramos a Deus por aquilo que cremos que Ele pode fazer. Somos estimulados a orar no Espírito (Ef 6.18), porque não sabemos orar como convém e o E. Santo nos ensina e nos ajuda (Rm 8.26). Quando oramos buscamos comunhão com Deus, demonstramos nossa dependência.

c) Louvamos a Deus por aquilo que Ele é (Sl 95.1-7; Sl 96.4; 99.3). Somente o Espírito Santo para nos dá a percepção, o conhecimento (Is 11.2) de quem Ele é e por isso digno de ser louvado.

3º Objetivo: Expressar a importância do serviço a Deus.
O serviço a Deus é um ato de adoração. Tudo quanto dizemos e fazemos pode ser um meio de adoração (Cl 3.17, 23).

LIÇÃO 11 – DONS DO ESPÍRITO SANTO
Introdução
O plano de Deus é que a igreja funcione como um organismo vivo, em que Cristo é a cabeça e cada membro funcione através dos dons espirituais.

Assim como Deus diferenciou os membros de nosso corpo, o Espírito Santo coloca cada membro em seu lugar designado dando através do dom o necessário para o funcionamento de todo o corpo. Essa diversidade marca e forma o Corpo Místico de Cristo, que é a Igreja.

I Coríntios 12.4 nos diz: “Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo”.

Não existe na Bíblia uma lista completa dos dons, porém várias referências sobre os mesmos, que podemos classificar da seguinte forma: 1. Dons ministeriais conforme Ef 4.11; 2) Dons de Serviço (Rm 12.6, 8; I Co 12.28; 3) Dons sobrenaturais conforme I Co 12.8-10.
 Estudaremos este último grupo de dons na próxima lição.
Quando pensamos em dons, vem-nos a mente alguma coisa tangível, que nos é dada por possessão, para ser usada quando e como queremos. Na verdade, a palavra carisma literalmente significa “habilitação do favor e da graça de Deus”.

I. CONHECENDO OS DONS ESPIRITUAIS
1. Definição. Dom, como o próprio termo diz é uma dádiva, um presente dado por alguém a outrem. “Os dons são capacidades sobrenaturais concedidas por Cristo a Igreja pelo Espírito”. Eles se diferem dos talentos naturais com os quais nascemos.

2. Propósito dos Dons Espirituais
De acordo com a lição “os dons têm por propósito de preparar o crente para a realização da sua missão dada por Jesus”.

Assim, os dons não são dados por Cristo como prêmio pelos bons serviços prestados por alguém. Não são dados como condecoração ou como "honra ao mérito". 

Efésios cap. 4.8 Paulo escreveu que o Senhor Jesus subiu ao alto, levou cativo o cativeiro, e deu dons aos homens. Para qual finalidade?

Efésios 4.12, mostra o principal alvo dos dons espirituais:
Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo”.

a) Aperfeiçoamento para o ministério (serviço);
A palavra grega (KATARTISMOS) traduzida por "aperfeiçoamento", de acordo com o dicionário de Palavras do Novo Testamento W. E. Vine denota um ajuste ou preparação plena. A palavra aperfeiçoar neste contexto, não é fazer perfeitas as pessoas. A palavra grega se traduz melhor por preparar, equipar, e reparar. Tudo isto é aperfeiçoar. É mais ou menos a ideia que temos quando em uma empresa dizem: Vai a um curso de aperfeiçoamento. Não é que você vai a esse curso para sair dali perfeito; mas sim para sair mais preparado para fazer o seu trabalho. Essa é a ideia aqui: aperfeiçoa-los, prepará-los para fazer seu trabalho, para cumprir sua função no corpo de Cristo, esta é a primeira finalidade dos dons: capacitação para melhor servi-lo no Reino de Deus. Vejamos a 2ª. Finalidade dos dons:

b) Edificação do Corpo de Cristo.
Os dons ministeriais listados em Efésios 4 são dados visando a funcionalidade do ministério da Igreja, promovendo assim a sua edificação.
O Ap. Paulo declara: “Assim também vós, como desejais dons espirituais, procurai sobejar neles, para a edificação da igreja” (I Co 14.12).

A palavra edificação vem do grego oikodome, que significa: o ato de levantar uma estrutura. Os dons têm como propósito construir o templo de Cristo (a Igreja).
Vejamos a 3ª. Finalidade dos dons:

c) Crescimento do Reino de Deus (Ef 4.16).
todo o corpo, bem ajustado e ligado, pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo para sua edificação em amor”.
Os dons espirituais são concedidos a cada membro objetivando o crescimento do Reino de Deus. Eles são o meio usado por Deus para realizar o Seu trabalho através da nossa ação, isto é, os dons espirituais são um chamado de Deus ao trabalho, não ao privilégio em engrandecimento pessoal. Vejamos a 4ª. Finalidade:

d) Unidade da fé (Ef 4.13).
A unidade da fé no grego (henotes)
significa: unanimidade dos cristãos nas mesmas verdades de Deus.


A fé é aquele conjunto de doutrinas que Deus tem revelado na Sua palavra. O meio que Deus usa para levar os cristãos à unidade da fé é o exercício dos dons espirituais.
Vejamos a 5ª. Finalidade dos dons:

e) Visando um fim proveitoso (I Co 12.7).
Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil. A ARA traduz esta última frase: “visando a um fim proveitoso”. Esse fim proveitoso que Deus tem em vista é a edificação da igreja.

II. OS DONS MINISTERIAIS
Os dons ministeriais são para líderes dotados que Cristo deu a Igreja: “E ele mesmo deu...” (Ef 4.11).
Dons ministeriais refere-se a preparação de líderes na igreja.

1. Apóstolos.
Segundo a lição, “o significado de apóstolo” é enviado. É alguém enviado pelo Senhor para levar o evangelho a novos lugares e lançar a “fundação” de uma nova igreja.
A palavra apóstolo em geral significa: enviado com uma missão específica.
De acordo com Atos 1.21,22 após a ascensão de Cristo, o candidato ao apostolado tinha que preencher os seguintes requisitos: Ter conhecido a Jesus pessoalmente, tivesse visto o Cristo ressuscitado e testemunhado a ascensão de Cristo, ao céu.

A única exceção a essa regra está relacionada à pessoa de Paulo que discorre sobre a sua comissão apostólica, como a tendo recebido diretamente de Cristo (Rm 1.1; I Co 1.1,15).
Há ainda apóstolos hoje? Para responder satisfatoriamente a esta pergunta, torna-se necessário situarmos os apóstolos em relação à Igreja Universal. Em Efésios 2.20 lemos a respeito dos apóstolos como “fundamento” da Igreja, enquanto que Cristo é a “pedra angular”. Como o fundamento da Igreja foi lançado uma só vez, é lógico acreditar que já não existem apóstolos no modelo que nos é apresentado nos Evangelhos. Assim, devido à natureza e caráter ímpar, esse ofício apostólico não pode ser transferido. Consequentemente, a noção de sucessão apostólica advogada pelo clero romano, é um dogma humano que não se harmoniza com a Bíblia.

2. Profeta
Definimos o profeta como “porta vozes de Deus e de Cristo”.
Este dom ministerial tem um caráter particular: referem-se aqueles especialmente dotados em receber e mediar diretamente à revelação de Deus, interpretar e proclamar a Palavra de Deus.

Devemos entender as circunstâncias da Igreja Primitiva. O Cânon do Novo Testamento ainda não estava concluído, não havia uma normatização das doutrinas. Os profetas (pregadores) sob a influência direta do Espírito Santo revelavam a Igreja às verdades sagradas.

Estes profetas tornaram-se colunas da igreja juntamente com os apóstolos (Ef 2.20). Eram pessoas reconhecidas como seus auxiliares e suas declarações inspiradas corroboravam com a doutrina dos mesmos, pois, havia esta preocupação que todos perseverassem “na doutrina dos apóstolos” (At 2.42).

Enquanto o apóstolo e o evangelista levavam suas mensagens aos incrédulos, o ministério do profeta era particularmente entre os cristãos.

3. Evangelista.
“É aquele que recebe habilidade para anunciar as boas novas do Reino de Cristo para o pecador”.

4. Pastor.
“É a pessoa que recebe a habilidade para ser o apascentador das ovelhas de Deus”.

5. Mestres ou Doutores
É alguém apto para ensinar.

III. OS DONS DE SERVIÇO
Os seis dons de Romanos 12.6-7 e 1 Co 12.28, são dons de serviço. Eles têm a ver com a execução do trabalho do na obra do Senhor:
a) Dom de Ministrar. Romanos 12.7. É servir, prestar serviço, ajudar sem esperar recompensa. “É a habilidade recebida do Espírito para servir ou dar assistência as necessidades materiais de alguém”.

b) Dom de Ensinar. Romanos 12.7. Tanto teoria como prática, ensinar a entender e ensinar a fazer.
 “É transmitir conhecimento da Palavra de Deus no propósito de gerar fé, para ter vida e ações corretas”.

c) Dom de Exortar. Romanos 12.8. É ajudar, amparar, encorajar, animar espiritualmente. “Exortar significa “chamar” ou “trazer alguém para perto”.

d) Dom de Repartir. Rm 12.8. É distribuir para os necessitados. “É a capacidade divina de contribuir generosamente e liberalmente com as nossas posses para que a igreja tenha recursos para cumprir a sua missão”.

e) Dom de Presidir. Romanos 12.8. É dirigir, organizar, administrar, liderar, governar com segurança. Este dom é concedido a vários membros do corpo de Cristo para liderar nas diversas áreas da igreja.

f) Dom de Misericórdia. Romanos 12.8. Exercitar misericórdia. Tem a ver com os sofredores, enfermos, presos, visitação, etc.. “Ter misericórdia significa “ter compaixão”; “sensibilizar-se com o outro”.

g) Socorros. I Co 12.28. O dicionário define socorro como assistência prestada a alguém em situação de dificuldade ou perigo. Implica auxílio, amparo, proteção, defesa, ajuda financeira, benefício. Muitos irmãos na igreja primitiva exerciam este dom (At 11.27-29).

Conclusão
O Senhor nos deu a missão e os recursos espirituais para realizá-los. Ao longo da história da Igreja, Deus tem manifestado a sua glória por meio de pessoas simples, limitadas e desprezadas pelo mundo, mas poderosas em Deus. Devemos buscar os dons espirituais para cumprirmos o propósito de Deus: “Portanto buscai com zelo os dons espirituais” I Co 14:1. Os dons são as ferramentas que o Espírito usará para a realização da obra de Deus. 

LIÇÃO 12 – DONS ESPIRITUAIS
Introdução
Após estudarmos os Dons ministeriais e de serviço, falaremos sobre os dons sobrenaturais. Como já definimos “os dons são capacidades sobrenaturais concedidas por Cristo a Igreja pelo Espírito”. São ferramentas que o Espírito Santo usará para a realização da obra de Deus.
Os dons espirituais evidenciam os atributos da onisciência, da onipotência e da onipresença da trindade divina. Textos correlatos: I Pe 4.10; I Tm 4.14; II Tm 1.6; I Co 12.31; I Co 14.12.

1º. Objetivo: Alistar os nove dons do Espírito mencionados em I Coríntios 12.
Podemos dividir os dons espirituais, conforme I Co 12, em três categorias:

a) dons de ciência (saber) (também chamados “dons de revelação”): 1) palavra da sabedoria, 2) palavra da ciência (conhecimento), discernimento de espíritos - são dons dados pelo E. Santo para que as pessoas revelem mistérios ocultos aos homens, com a tomada de atitudes e condutas que evidenciem que Deus sabe todas as coisas e que nada lhe fica oculto. São evidências da onisciência divina no meio do Seu povo. Dons que manifestam a sabedoria de Deus.

b) dons de poder (fazer): 1) fé, 2) dons de curar, 3) operação de maravilhas (milagres) - são dons dados pelo E. Santo para que as pessoas efetuem demonstrações sobrenaturais do poder divino, com a realização de milagres, de maravilhas, que confirmem a soberania de Deus sobre todas as coisas e a Sua presença no meio da igreja. São evidências da onipotência divina no meio do Seu povo. Dons que manifestam o poder de Deus.

c) dons de expressão vocal (falar) (também chamados “dons de expressão ): 1) variedade de línguas, 2) interpretação de línguas e 3) profecia - são dons dados pelo E. Santo para que as pessoas sejam instrumentos da voz do Senhor, para que o E. Santo demonstre que Se comunica com o Seu povo. São evidências da onipresença divina no meio do Seu povo. Dons que manifestam a mensagem de Deus.

2º Objetivo: Declarar o propósito dos dons de manifestação do Espírito.
De acordo com a lição “as manifestações sobrenaturais dos dons espirituais testificam que Deus vive e zela pelas necessidades individuais e da Sua Igreja”.
Os termos dons e manifestações são usados de modo intercambiável. Referem-se às mesmas atividades do Espírito Santo. Ele dá os Seus dons sobrenaturais conforme a escolha d’Ele, e são manifestos através das pessoas que os recebem.

3º Objetivo: Apreciar a necessidade da operação dos dons do Espírito na igreja hoje.
Conforme a lição “muitos não acreditam na operação do Espírito e na realidade dos dons espirituais para os nossos dias e, por isso, não experimentam a plenitude do Espírito”.
O “cessacionismo” é definido como a tese de que alguns dons (e seus correspondentes ministérios) descritos no Novo Testamento são ordinários e perpétuos, enquanto outros eram extraordinários e foram paulatinamente desaparecendo da vida da igreja a partir do fim da era apostólica, por ocasião em que o cânon bíblico fora selado.
Em nenhuma parte da Bíblia se encontra alusão ao fim de dons aqui na Terra ou que parte deles cessariam e outros continuariam.

O verso que mais se aproxima dessa ideia cessacionista é I Co 13:8: “O amor jamais acaba; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá”. 
contexto do cap. 13 deixa mais do que claro que esses dons cessarão na glória, quando estaremos para sempre com o Senhor e os salvos. Não haveria sentido a necessidade dos dons espirituais no céu, pois eles servem para a edificação da Igreja aqui na Terra (I Co 14.12).
Outro verso que os cessacionistas usam para sustentar o fim das línguas e profecias é Ap 22:18-19 . Pura distorção hermenêutica. Esses versos mostram a finalização do cânon bíblico.

Veja abaixo outros argumentos cessacionistas.
O argumento cessacionista de Atos 2:8
Os cessacionistas alegam que as línguas de pentecostes e do início da Igreja eram somente línguas humanas de outras nacionalidades, e não novas línguas, línguas estranhas ou angelicais.
Realmente o texto de Atos 2 não deixa dúvidas que as línguas de Pentecostes eram outras línguas humanas, de outros países e nacionalidades. Mas será realmente que a Bíblia sustenta a tese tradicionalista de que as línguas eram somente humanas?

Havia as línguas humanas, dos homens, como também havia as línguas desconhecidas, angelicais (I Co 13:1), que nenhum homem podia entender pois “o que fala em língua não fala aos homens, mas a Deus; pois ninguém o entende; porque em espírito fala mistérios” (1 Co 14:2), a não ser aquele que tivesse o dom de interpretação (o que fala em língua, ore para que a possa interpretar - I Co 14:13), e no momento oportuno, para a edificação da igreja (I Co 14:26). Quando o Senhor Jesus falou em Marcos 16.17 que “E estes sinais acompanharão aos que crerem: em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas”, ele usou a palavra ‘novas’ e não ‘outras’ línguas, ora, se é novas é por que elas ainda não eram conhecidas no dia em que Ele ascendeu aos céus; o Senhor não disse que os seguidores não falariam em ‘outras’ línguas, apenas disse que ‘um’ dos sinais seria o de falar em ‘novas’ línguas.

Paulo diz: “Ora, os dons são diversos” (I Co 12.4). A palavra charismata vem de charis, graça. Ora se os dons procedem da graça de Deus, cessou a graça de Deus?

Cristo opera sinais miraculosos hoje, porque ele próprio disse: "e esses sinais seguirão aos que crerem" (Mc 16.17).

Ao contrário do que muitos "teólogos" faz em nossos dias, Paulo exorta os crentes em Tessalônica a não extinguir o Espírito (I Ts 5.19). A Bíblia afirma que o derramar do Espírito foi para o tempo dos apóstolos e para o futuro: "Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar", Atos 2.39.

Conclusão
Os dons espirituais continuam disponíveis à igreja cristã da atualidade. A soberania e a contemporaneidade do Doador dos dons, o Espírito Santo, acarretam necessariamente a possibilidade de que os dons mencionados no Novo Testamento sejam concedidos conforme e quando ditados pela sabedoria do mesmo Espírito.

Segui o amor e procurai, com zelo, os dons espirituais, mas principalmente que profetizeis (I Coríntios 14:1) Como o mandamento é ignorado, o dom não é concedido.

O cessacionismo fere a unidade do Corpo, produz ignorância quanto aos dons e quebra o mandamento bíblico de buscar dons.

Se você diz acreditar nos dons, não viva como um cessacionista. 

LIÇÃO 13 – FRUTO DO ESPÍRITO SANTO
Introdução
O fruto do Espírito é uma consequência ou um efeito produzido pelo Espírito Santo na vida de um cristão autêntico que se submete à vontade de Deus.


1º. Objetivo: Explicar o significado do termo fruto do Espírito
O fruto do Espírito consiste em nove virtudes ou qualidade da personalidade de Deus implantada pelo Espírito Santo no interior do cristão com a finalidade de torná-lo semelhante a Cristo.

O fruto do Espírito representa a expressão do caráter de Cristo em nós.

Por si só, o homem não tem condições de produzir o fruto do Espírito. Sua inclinação natural será sempre de produzir os frutos da carne.  À medida que permitimos que o Espírito dirija e influencie a nossa vida de tal maneira o poder do pecado seja subjugado, produziremos o fruto do Espírito.

2º Objetivo: Avaliar o caráter cristão e determinar o que é necessário para a maturidade cristã.
O que é caráter? É a qualidade inerente de uma pessoa que a distingue de outra; é o conjunto de traços particulares, o modo de ser de um indivíduo, sua natureza e temperamento.

O caráter pode ser definido como os traços morais e éticos do indivíduo que revelam como ele vive, pensa e age ao longo da vida e, principalmente, em suas relações humanas. 

O caráter nós construímos ao longo da vida por meio de princípios e valores que recebemos à medida que nos relacionamos com as pessoas e com o meio que nos cerca.

A medida de nossa maturidade em Deus depende de quanto temos permitido que o Espírito Santo produza em nós os traços do caráter do Senhor Jesus em nossas vidas.

De acordo com João 15.5 a maturidade cristã e consequente frutificação envolvem acima de tudo nossa união com Cristo: “quem está em mim, e eu nele, este dá muito fruto”.

O fruto do Espírito é uma realidade na vida daquele que está em comunhão com o Espírito Santo e deve ser a identidade espiritual do crente neste mundo. 

A vontade de Deus para nós é o nosso crescimento espiritual progressivo, até que cheguemos à maturidade cristã plena (Cl 1.9, 10).

3º Objetivo: Alistar os nove aspectos do Fruto do Espírito
Quanto nós dizemos que devemos possuir o caráter de Cristo estamos falando que devemos buscar as qualidades que Jesus tinha em sua vida.

Quem tem o caráter de Cristo: tem amor, alegria, paz, fé paciência, domínio próprio, é benigno, bondoso e manso (Gl 5.22).

Estas lindas qualidades da natureza de Cristo refletem o Seu caráter. Elas são aspectos específicos da Sua vida ou ser. É assim que Jesus é. E devemos nos tornar semelhantes a Ele em nossa vida e caminhar cristãos. 

4º Objetivo: Incentivar a exercitar o Fruto do Espírito
Porque o que semeia na carne ceifará a morte e a deterioração, o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna" (Gl 5.24, 25; 6.8).

Vendo uma plantação percebemos que ela veio de pequenas sementes. O agricultor semeia as sementes e cuida do terreno onde elas foram semeadas.

Assim como acontece com os frutos da natureza, o Fruto do Espírito também deve ser cultivado diariamente. A palavra cultivar significa “preparar a e cuidar a terra para que produza”.

A melhor forma para exercitar o Fruto do Espírito, é dar mais espaço para a ação do E. Santo. 

Ao exercitar essas virtudes do Espírito, o cristão faz com que esse fruto seja enraizado em sua vida. 






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